
Quando nasci fui colocada no fundo do poço do calabouço. Andei e as pernas, os baraços cresceram no fundo do poço do calabouço. Não sei o comprimento, a largura, a expanção, dos movimentos no fundo do poço do calabuço. Vivi ás tontas e o que colhia não me atingia no fundo do poço do calabouço. Como amar este regime de vivos e mortos,amar o saldo de osso no poço do calabouço/ Um dia achei-me libeto mas não voava no poço. A esperança molhada com as asas. A esperança molhada com as asas. A eternidade sumida. A salação. A saída fechada no calabouço. Então, o que fazer com as asas? Ficam melhor mpilhadas no poço do calabouço. Alguma luta se trava. Algum ombro não se entrega. Quando há um sopro de trégua a vida ainda ainda se guarda. Espero. Não vou render-me na guerra do poço do calabouço. A resistência é de ferra . E ferroz a solidão. Os olhos de minhas mãos, os olhos de um outro rosto sabe que vão transpor o poço do calabouço. Msmo na expresão Ou no maior desconforto. (Carlos Nejar)
> enviado por FLOR DE LIZ as 11:52 AM
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